quinta-feira, 27 de maio de 2010

União Europeia: Entrada de Portugal


A entrada de Portugal na U.E. foi boa pois, os direitos humanos começaram a ser respeitados, o nível de produção e económico aumentou, o nível educacional também. Também abrimos as nossas portas aos outros cidadãos europeus, mas penso que todo este intercâmbio é benéfico, pois muitos dos nossos tinham saído.As vantagens foram :*Os grandes subsídios europeus;*Do ponto de vista político e económica a adesão foi essencial e benéfica para todos os que apoiam a democracia e o desenvolvimento;*A nível social, a adesão permitiu-nos maior facilidade em viajar, trabalhar, estudar.As desvantagens foram:*A perda de soberania de Portugal;*Não assume extrema importância o facto de o nosso Estado ter que obedecer a uma entidade superior;*O facto de quando Portugal aderiu à UE em 1986, esta já se encontrava numa fase em que era excedentária em produtos agrícolas e industriais e fez com que não tivessemos tanto dinheiro como outros países.

Hino


O hino europeu não é apenas o hino da União Europeia, mas de toda a Europa num sentido mais lato. A música é extraída da 9.ª Sinfonia de Ludwig Van Beethoven, composta em 1823.No último andamento desta sinfonia, Beethoven pôs em música a "Ode à Alegria", que Friedrich von Schiller escreveu em 1785. O poema exprime a visão idealista de Schiller, que era partilhada por Beethoven, em que a humanidade se une pela fraternidade.Em 1972, o Conselho da Europa (organismo que concebeu também a bandeira europeia) adoptou o "Hino à Alegria" de Beethoven para hino. Solicitou-se ao célebre maestro Herbert Von Karajan que compusesse três arranjos instrumentais - parO hino europeu não é apenas o hino da União Europeia, mas de toda a Europa num sentido mais lato. A música é extraída da 9.ª Sinfonia de Ludwig Van Beethoven, composta em 1823.No último andamento desta sinfonia, Beethoven pôs em música a "Ode à Alegria", que Friedrich von Schiller escreveu em 1785. O poema exprime a visão idealista de Schiller, que era partilhada por Beethoven, em que a humanidade se une pela fraternidade.Em 1972, o Conselho da Europa (organismo que concebeu também a bandeira europeia) adoptou o "Hino à Alegria" de Beethoven para hino. Solicitou-se ao célebre maestro Herbert Von Karajan que compusesse três arranjos instrumentais - para piano, para instrumentos de sopro e para orquestra. Sem palavras, na linguagem universal da música, o hino exprime os ideais de liberdade, paz e solidariedade que constituem o estandarte da Europa.Em 1985, foi adoptado pelos chefes de Estado e de Governo da UE como hino oficial da União Europeia. Não se pretende que substitua os hinos nacionais dos Estados?Membros, mas sim que celebre os valores por todos partilhados de unidade e diversidade. a piano, para instrumentos de sopro e para orquestra. Sem palavras, na linguagem universal da música, o hino exprime os ideais de liberdade, paz e solidariedade que constituem o estandarte da Europa.Em 1985, foi adoptado pelos chefes de Estado e de Governo da UE como hino oficial da União Europeia. Não se pretende que substitua os hinos nacionais dos Estados?Membros, mas sim que celebre os valores por todos partilhados de unidade e diversidade.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Lenda das Esporas Douradas


Tanto quanto pudemos apurar, esta lenda (e o tributo das donzelas), tem sido referida em várias publicações como "Santuário Mariano", "Monarchia Lusitana" de frei Bernardo de Brito, na "Chorographia" do Padre Carvalho da Costa, no "Dicionário Geográfico" do Padre Luís Cardoso e posteriormente referida em publicações mais recentes, com uma ou as duas designações acima identificadas. Recentemente foi ainda publicado pela Câmara Municipal de Alfândega da Fé um romance inédito (em termos de livro) de João Baptista Vilares, cujo tema é esta lenda. A Lenda dos Cavaleiros das Esporas Douradas, ou do Tributo das Donzelas pode resumir se da seguinte forma: no tempo do domínio muçulmano existia um mouro que, a partir do castelo do monte carrascal, próximo da actual localidade de Chacim (que já foi vila e hoje pertence ao concelho de Macedo de Cavaleiros) dominava toda a região, incluindo as gentes de Castro Vicente (que também já foi vila e hoje pertence ao concelho de Mogadouro) e as de Alfândega e como feudo exigia às populações a entrega de um determinado número de donzelas. Revoltados com este "tributo de donzelas", os moradores de Alfândega e seu concelho (nomeadamente Vilares da Vilariça) reagiram com armas, tendo os seus "Cavaleiros das Esporas Douradas" organizado uma investida contra o mouro, apoiados pelos de Castro Vicente. A batalha entre as duas partes ocorreu próximo do castelo do mouro; apesar de aguerridos os cristãos começaram por ter dificuldade em vencer as hostes muçulmanas e estavam prestes a perder a luta, tantos eram já os mortos e os feridos; entretanto, apareceu Nossa Senhora, que foi reanimando os mortos e curando os vivos, passando lhes um ramo de bálsamo que trazia na mão; à medida que o grupo dos cristãos se foi recompondo a peleja aumentou de intensidade e os muçulmanos foram completamente rechaçados terminando assim a obrigatoriedade daquele tributo. No local construiu-se uma capela em homenagem a Nossa Senhora de Bálsamo na Mão, hoje o santuário de Balsemão; o local de tão grande chacina deu origem a Chacim, localidade que haveria de ser sede de concelho até meados do século XIX; e Alfândega, graças à valentia dos seus cavaleiros, em nome da fé cristã, passou a designar se Alfândega da Fé. Relativamente a esta lenda e para explicar a existência dos cavaleiros, o Padre Manuel Pessanha sugere que Alfândega da Fé tenha sido sede de uma ordem militar, "antiga, anonyma, muito anterior aos templários, e mesmo a qualquer ordem militar conhecida"3 com cerca de duzentos membros. Na realidade o Padre Carvalho da Costa, na sua "Chorographia", refere a existência de duzentos cavaleiros, mas o Padre Luís Cardoso, no "Dicionário Geográfico", refere apenas 25. Entretanto, não deve excluir se a possibilidade de o imaginário popular ter encontrado na Ordem de Malta a ideia dos cavaleiros. Um estudo recente de Belarmino Afonso refere que a igreja de Malta pertenceu àquela Ordem desde D. Sancho I, o que nos leva para o século XII. Ora, como a carta de foral de D. Dinis já identifica Alfândega da Fé como vila e possuindo castelo, é de admitir que o concelho já existisse anteriormente com esse nome, pelo que a lenda só teria sentido se fosse ainda mais antiga, uma vez que os acontecimentos nela contidos servem sobretudo para explicar o "da Fé". Ou seja, esta lenda pode muito bem ser anterior à própria nacionalidade e transformar se num elemento de estudo que comprove o papel que esta vila teve durante o domínio muçulmano nesta região.

Portugal na UE e Bandeira da UE











A bandeira da Europa além de simbolizar a União Europeia representa também a unidade e a identidade da Europa.
O círculo de estrelas douradas representa a solidariedade e a harmonia entre os povos da Europa.
As estrelas são doze porque tradicionalmente este número constitui um símbolo de perfeição, plenitude e unidade.
Assim, a bandeira manter-se-á inalterada, independentemente dos futuros alargamentos da UE.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Países da UE

Alemanha
Áustria
Bélgica
Bulgária
Chipre
República Checa
Dinamarca
Eslováquia
Eslovénia
Espanha
Estónia
Finlândia
França
Grécia
Hungria
Irlanda
Itália
Letónia
Lituânia
Luxemburgo
Malta
Holanda
Polónia
Portugal
Reino Unido
Roménia
Suécia

União Europeia- História


A Europa participou em duas guerras mundiais que trouxeram grande destruição e ruína às regiões e às populações afectadas.Depois da 2ª Guerra Mundial, alguns países da Europa sentiram necessidade de encontrar uma forma de preservar a paz alcançada, evitar novos conflitos entre países europeus e promover o desenvolvimento económico. Em 1951 foi assinado em Paris um primeiro tratado através do qual se uniam seis países cuja preocupação comum era controlar a produção de carvão e de aço no sentido de evitar o fabrico de armas. Deste acordo, surgiu a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA).Em 1957, os mesmos seis países reuniram-se em Roma, com um objectivo mais ambicioso: a construção de um mercado comum em que pudessem circular livremente (sem fronteiras e sem impostos) as pessoas, as mercadorias, os serviços e os capitais (dinheiro) desses mesmos países.Pretendia-se acelerar o seu desenvolvimento económico. Em resultado do acordo então alcançado, surgiu a Comunidade Económica Europeia (CEE).O desenvolvimento económico alcançado pelos países fundadores fez, com que ao longo dos anos, outros países tenham pretendido aderir a esta comunidade, o que provocou sucessivos alargamentos. Entretanto, a CEE alterou o seu nome para Comunidade Europeia e, mais recentemente (1992) para União Europeia.A mudança de nomes não se deu por acaso, pois à medida que o tempo passou, a Comunidade Económica Europeia alargou os seus objectivos.O Tratado de Maastricht (1992), ao introduzir novas formas de cooperação entre os governos dos Estados membros em âmbitos como a Defesa e a Justiça, levou à criação da União Europeia (UE).Para assegurar a integração económica e política dos Estados Membros da União Europeia, os países desenvolveram políticas comuns em várias áreas, desde a agricultura à cultura, desde o consumo à competitividade, desde o meio ambiente e a energia ao transporte e ao comércio, sem descuidar, o desenvolvimento de uma Política Exterior e de Segurança Comum.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Entrevista 25 de Abril

Alimentação
– Qual era a base da alimentação?
Batata, pão, arroz, carne de porco.
-Onde eram feitas as compras?
No pequeno comércio local (mercearias e talhos).
-Preços?
kg arroz-1$00.
kg batatas- $50.
kg carne de porco - 3$50.

Moda
– Onde se comprava a roupa?
Nas feiras, no entanto a maior parte era encomendada e feita nos alfaiates e modistas.
- Quanto durava um casaco? E um par de sapatos?
6 a 10 anos. 6 anos sapato fino e 1 ano ou 2 o sapato ou bota de todos os dias.
- Quem ditava a moda?
Os visionários e os ricos.

Namoros
– Como se namorava?
À janela e ao fim-de-semana.
- Diferenças entre a vida dos rapazes e raparigas?
Os rapazes faziam a vida de campo, as raparigas as lides domésticas.
- Quais eram os divertimentos?
Jogo da bola para os rapazes, o do ringue ou mata e macaca para as raparigas.

Saúde
– Onde se ia quando se ficava doente?
Ao médico e tomavam-se medicamentos caseiros - caldo de galinha que nunca fez mal a ninguém e chás de diversos tipos com diversas finalidades.
- Vacinas?
Tétano e tuberculose.
- Mais ou menos doenças?
Mais doenças.

Escola
– Como era a escola?
rapazes para um lado raparigas para outro- a partir de 1967 já era obrigatória.
- Como eram os professores? Como castigavam?
Regra geral carrancudos e mal-humorados. Batiam com régua e vara muitas vezes sem razão aparente.
- O que era preciso para passar de ano?
Ter boa nota e ficar bem no exame.
- Quem seguia os estudos?
Quem podia e quem trabalhava, e os que tinham muita vontade de aprender.
- Eram da Mocidade portuguesa? Como era?
A maior parte nem sabia o que era a mocidade portuguesa.
A mocidade e um conjunto de moços e moças só nos tempos próximos do 25 de Abril de 1974 se começou a falar na Mocidade Portuguesa como organização política, a semelhança da PIDE.


Tempos livres
– Tinham férias? Onde iam de férias?
As férias são uma modernice.
- Tinham fins-de-semana?
Sim principalmente o domingo era sagrado.
-O que costumavam fazer?
Ir à missa no domingo e à catequese no sábado.

Transportes
– Como iam para o emprego?
A pé ou de autocarro sendo que os mesmos eram como hoje são no Afeganistão, Índia ou países do 3º mundo.
-Como eram os transportes?
Lentos e caducos.

Emprego
– Tinham subsídios?
Nada, só ganhava quem trabalhava
-Tinham assistência?
Nada, não havia assistência no trabalho nem na saúde.
-Com que idade começaram a trabalhar?
Os mais "fortinhos" a partir dos 10 anos.
-Alguém emigrou? Para onde e porquê?
Muitos, França e Alemanha principalmente à procura de melhores condições de vida

Guerra
– Alguém foi à Guerra?
À guerra alguns (muitos) mas, para o serviço militar obrigatório quase todos os homens a partir dos 18 anos
Comunicação social
– Como sabiam o que se passava no país e no mundo?
Não sabiam. As poucas informações apareciam pela rádio que funcionava mal e durante poucas horas diárias.
- Notavam que havia censura?
Sim havia os bufos da PIDE que calavam quase todos.

25 de Abril de 1974
-Como foi viver o 25 de Abril de 1974
Uma calamidade que se transformou na catástrofe que hoje vivemos, principalmente com a descolonização mal feita e a mas horas.

-Como sentiram o dia 25 de Abril?
Com alguma euforia e desconhecimento quase total do que aconteceu, ainda hoje é muito controverso.
-O que mudou?
Quase tudo e nada, quase tudo para o mal- falta de valores, falta de palavra, falta de atitude
apenas a liberdade se transformou na libertinagem que hoje vivemos, bastando atentar nos jornais diários - roubos, mortes, crimes familiares, ...

Manuel António Reboredo Simões
Alfândega da Fé

segunda-feira, 26 de abril de 2010

segunda-feira, 22 de março de 2010

HIROHITO: JAPÃO


Imperador da milenar monarquia japonesa nascido no palácio Aoyama, em Tóquio, responsável pela readaptação do Japão aos novos tempos depois da derrota militar na segunda guerra mundial. Recebeu educação adequada a sua realeza e desde muito jovem mostrou grande interesse pela biologia marinha. Ao regressar de viagem à Europa (1921), foi nomeado príncipe regente quando seu pai, o imperador Taisho, abdicou. Foi coroado imperador (1926) subiu ao trono imperial com poderes nominalmente absolutos, mas na prática, sob o autoritarismo dos militares. Foi assim que declarou guerra aos Estados Unidos após o covarde ataque a Pearl Harbor (1941). Quatro anos depois capitulava, após a explosão das bombas atômicas lançadas sobre as cidades de Hiroxima e Nagasaki, em 6 e 9 de agosto (1945). Derrotado aceitou sem resistência o regime de monarquia constitucional imposto pelos vencedores, apesar da opinião contrária de alguns nacionalistas. A partir de então, partiu para a ruptura com algumas tradições demasiadamente rígidas, e dar exemplos a seus súditos, visando o caminho da recuperação e modernização que levou o país a se tornar uma das grandes potências econômicas mundial. Morreu em Tóquio, e foi sucedido pelo filho Akihito.

FICHA DE OBSERVAÇÃO DO FILME: A VIDA É BELA


FICHA TÉCNICA:
1. TÍTULO: "A Vida é Bela" (La Vita e Bella)

2. REALIZADOR: Roberto Benigni

3. GÉNERO: Comédia Dramática

4. ACTORES PRINCIPAIS: Roberto Benigni, Nicoletta Braschi, Giorgio Cantarini, Giustino Durano, Sergio Bini Bustric, Marisa Paredes, Horst Buchholz, Amerigo Fontani, Pietro De Silva e Francesco Guzzo.

O FILME:
5. PERSONAGENS PRINCIPAIS DO FILME: Guido Orefice, Dora, Giosué Orefice, Tio de Guido, Ferruccio Papini, Mãe de Dora, Dr. Lessing, Rodolfo, Bartolomeo, Vittorino.

6. TEMPO DA ACÇÃO: Durante a 2ª Guerra Mundial

7. ESPAÇO DA ACÇÃO: Em Itália no ano de 1939

8. TEMÁTICA: 2ª Guerra Mundial

9. RESUMO DO FILME: Na Itália de 1939, Guido Orefice (Roberto Benigni) muda-se para a cidade de Arezzo para aí abrir uma livraria. Fica maravilhado pelo primeira mulher com que se cruza, uma professora chamada Dora (Nicoletta Braschi), com a qual se vai encontrando das formas mais invulgares, primeiro casualmente, depois propositadamente. O regime fascista vai interromper a harmonia que entretanto se instala na vida de Guido, judeu, que é levado com o filho para um campo de concentração. Determinado a poupar o pequeno Giosué (Giorgio Cantarini) ao horror da situação, elabora uma complicada justificação, que vai adaptando à medida das necessidades, e que consiste sumariamente em convencê-lo que se trata tudo de uma brincadeira, e que os soldados Alemães estão apenas a fazer o papel de pessoas que gritam muito e são muito maus.

10. A MINHA OPINIÃO SOBRE O FILME: Eu penso que o filme " A Vida é Bela", retrata de uma forma simples, e por vezes cómica, o modo como o fascismo imperava na europa na altura da 2ª Guerra Mundial, e que levaram a que os judeu fossem presseguidos e maltratados quer nos campos de concentração quer na sociedade em geral.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

António Salazar


António de Oliveira Salazar, nascido a 28 de Abril de 1889, em Santa Comba Dão e falecido a 27 de Julho de 1970, descendente de uma família proprietária de pequenos campos agricolas, teve uma educação fortemente marcada pelo Catolicismo, que desta forma até chegou a frequentar um seminário, e mais tarde estudante da Universidade de Coimbra, onde anos mais tarde veio a ser professor de Economia Política.

A sua iniciação à carreira política foi como deputado católico em 1921.

Já em ditadura militar, Salazar foi nomeado Ministro das Finanças (cargo que apenas exerceu durante 4 dias) demitindo-se assim devido a que não lhe foram dados todos os direitos que exigia… mas quando Óscar Carmona chegou a Presidente da República, Salazar regressou às Finanças, agora com todas as condições exigidas.

O sucesso obtido na pasta das Finanças tornou-o, em 1932, chefe de Governo. Em 1933, com a aprovação da nova Constituição, formou-se o Estado novo.

As graves perturbações verificadas nos anos 20 e 30 nos países da Europa Ocidental levaram Salazar a adoptar severas medidas severas contra os que tinham coragem para discordar da orientação do Estado novo.

Ao nível de relações internacionais, conseguiu assegurar a neutralidade de Portugal na Guerra Civil de Espanha e na II Guerra Mundial.

Salazar é afastado do governo em 1968 por motivo de doença, sendo substituído por Marcelo Caetano. Após isto, acabou por falecer em Lisboa, a 27 de Julho de 1970.

Francisco Franco


Oficial de infantaria, Francisco Franco começou a ganhar fama em campanhas na África, onde se destacou pela frieza em combate. Em 1923, no Marrocos, com o posto de tenente-coronel, assumiu o comando da Legião Espanhola. E, aos 34 anos, foi promovido a general de brigada. Entre 1928 e 1931, dirigiu a Academia Militar de Saragoça. Com a criação da República Espanhola, em 1931, foi afastado de cargos de responsabilidade. Mas, em 1933, a eleição de um governo de direita o recolocou em altos cargos do exército. Foi o mentor da brutal repressão à Revolução das Astúrias (1934) com tropas da Legião e, no ano seguinte, foi nomeado chefe do Estado-Maior Central. Em 1936, o governo da Frente Popular o enviou para as Ilhas Canárias. Nas eleições desse ano na Espanha, os partidos de esquerda que formavam a Frente Popular saíram vitoriosos. Opositores de direita, com articulação e liderança de Franco, executaram um golpe de Estado, com apoio de diversas regiões do país. A maioria das grandes cidades e regiões industriais, por sua vez, permaneceu fiel ao governo republicano de esquerda. Com o país dividido, iniciou-se a Guerra Civil Espanhola. Os golpistas passaram a receber ajuda da Itália fascista e da Alemanha nazista que, assim, transformaram a Espanha num local de teste para seus novos armamentos. O início da participação nazista na Guerra Civil Espanhola ocorreu em Guernica, capital da província basca, uma pequena cidade considerada símbolo da liberdade desse povo. Numa segunda-feira, 26 de abril de 1937, a cidade foi bombardeada pelos aviões alemães da Legião Condor, colocada à disposição das forças de Franco. O ataque nazista provocou a destruição total de Guernica. Naquele mesmo mês, Franco uniu os partidos de direita e, em janeiro de 1938, se tornou chefe de Estado e do governo. O ditador eliminou toda a resistência militar a seu governo em 1939, porém, prosseguiu com a repressão, a tortura e os fuzilamentos. O franquismo foi um sistema político repressivo e autoritário. Até livros foram queimados. Todos os partidos políticos e reuniões (de palestras a passeatas) eram proibidos. Franco manteve-se neutro na Segunda Guerra Mundial, embora próximo dos governos nazifascistas da Alemanha e da Itália. Apesar de isolado pela vitória dos Aliados, consolidou seu poder no país. Devido à Guerra Fria, estabeleceu relações diplomáticas com os Estados Unidos e seu governo foi reconhecido pelas Nações Unidas em 1955. Em 1966, Franco criou a Lei Orgânica do Estado (Constituição), na qual previa a volta da Monarquia. Após a morte do ditador, em 1975, o príncipe Juan Carlos subiu ao trono e a Espanha foi reconduzida à democracia.

Adolfo Hitler


Adolf Hitler, ditador alemão, nasceu em 1889 na Áustria. Filho de Alois Hitler e Klara Poezl, alistou-se voluntariamente no exército bávaro no começo da Primeira Guerra Mundial. Tornou-se cabo e ganhou duas vezes a Cruz de Ferro por bravura. Depois da desmobilização do exército, Hitler associou-se a um pequeno grupo nacionalista, o Partido dos Trabalhadores Alemães, que mais tarde se tornou o Partido Nacional-Socialista Alemão (nazista). Em 1921, tornou-se líder dos nazistas e, dois anos mais tarde, organizou uma malograda insurreição, o "putsch" de Munique. Durante os meses que passou na prisão com Rudolph Hess, Hitler ditou o "Mein Kampf" (Minha Luta), um manifesto político no qual detalhou a necessidade alemã de se rearmar, empenhar-se na auto-suficiência econômica, suprimir o sindicalismo e o comunismo, e exterminar a minoria judaica. Em 1929, ganhou um grande fluxo de adeptos, de forma que, ajudado pela violência contra inimigos políticos, seu partido floresceu. Após o fracasso de sucessivos chanceleres, o presidente Hindenburg indicou Hitler como chefe do governo (1933). Hitler criou uma ditadura unipartidária e no ano seguinte eliminou seus rivais na "noite das facas longas". Com a morte de Hindenburg, ele assumiu o título de presidente do Reich Alemão. Começou então o rearmamento, ferindo o Tratado de Versalhes, reocupou a Renânia em 1936 e deu os primeiros passos para sua pretendida expansão do Terceiro Reich: a anexação com a Áustria em 1938 e a tomada da antiga Tchecoslováquia. O ditador firmou o pacto de não-agressão nazi-soviético com Stalin, a fim de invadir a Polônia, mas quebrou-o ao atacar a Rússia em 1941. A invasão à Polônia precipitou a Segunda Guerra Mundial. Hitler seguia táticas "intuitivas", indo contra conselhos de especialistas militares, e no princípio obteve vitórias maciças. Em 1941, assumiu o controle direto das forças armadas. Como o curso da guerra mostrou-se desfavorável à Alemanha, decidiu intensificar o assassinato em massa, que culminou com o holocausto judeu. Conhecido como um dos piores massacres da história da humanidade, o holocausto -termo utilizado para descrever a tentativa de extermínio dos judeus na Europa nazista- teve seu fim anunciado no dia 27 de janeiro de 1945, quando as tropas soviéticas, aliadas ao Reino Unido, Estados Unidos e França na Segunda Guerra Mundial, invadiram o campo de concentração e extermínio de Auschwitz-Birkenau, em Oswiecim (sul da Polônia). No local, o mais conhecido campo de concentração mantido pela Alemanha nazista, entre 1,1 e 1,5 milhão de pessoas (em sua maioria judeus) morreram nas câmaras de gás, de fome ou por doenças.

Benito Mussolini


Mussolini nasceu em 1883 e começou por se assumir como militante socialista para, depois da Primeira Grande Guerra, se converter a teses de extrema-direita e criar o Partido Fascista Italiano (1921), portador de uma ideologia autoritária e anti-parlamentar. O seu discurso, em que predominava o elogio da violência como forma de actuação decisiva e privilegiada na política, teve tradução concreta na actividade da sua milícia própria (os Fasci Italiani di Combattimento, que dão aliás origem ao nome do partido - fasci significa feixe, tendo o feixe sido um símbolo do poder dos cônsules romanos). É efectivamente no seguimento de uma política agressiva e à margem dos princípios e métodos parlamentares que alcança o poder, depois de uma Marcha sobre Roma (1922) que leva o rei a encarregá-lo de formar governo. Dirige o país durante algum tempo em difícil convivência com o Parlamento, mas assume plenos poderes logo em 1922 e proclama a ditadura três anos mais tarde. O regime que a partir desse momento implanta e fortalece é uma ditadura de partido único, apoiada em fortes milícias próprias, onde o poder parlamentar é substituído por um Conselho Fascista com atribuições meramente consultivas, os sindicatos são dominados por um regime corporativo e os partidos políticos são proibidos. A sua popularidade, granjeada por meio de um discurso populista e demagógico e a imposição da ordem nas ruas, dá-lhe uma certa estabilidade, apesar das dificuldades económicas e sociais que o país experimenta. Na política externa, após uma campanha de conquista contra a Abissínia, pela qual tenta reconstituir um império africano, alinha com a Alemanha hitleriana e o Japão imperial, apesar de saber que a Itália não se encontra em condições de suportar novo conflito; vê-se arrastado, como parceiro menor, para a Guerra Mundial (a segunda do século XX) que estala em 1939 e que irá pôr a ferro e fogo a Europa, a África e a Ásia, terminando com a derrota. Quando esta se aproxima, em plena contra-ofensiva aliada, os militares lançam um golpe de estado que depõe Mussolini, que é encarcerado e algum tempo depois libertado por pára-quedistas alemães. Enquanto os militares colocam a Itália ao lado dos Aliados e os alemães ocupam larga extensão da península italiana, Mussolini tenta manter no norte da Itália uma República Social (a República de Saló, do nome do local onde se instalou), que se aguenta algum tempo artificialmente, de acordo com as exigências da política de guerra da Alemanha. Mussolini não tem aí qualquer pode efectivo, acabando por se ver forçado a tentar a fuga, em condições desesperadas, perante o avanço dos Aliados e dos movimentos de resistência. Serão precisamente resistentes italianos que, em Maio de 1945, pouco antes do suicídio do seu aliado Adolf Hitler, o irão capturar e fuzilar sumariamente, vindo o seu cadáver a ser exposto publicamente e a ser alvo da ira popular.

CHARLES DE GAULLE


Após uma curta batalha, os alemães venceram o exército francês e seus aliados, em 1940, no início da Segunda Guerra Mundial. O país foi dividido. Uma parte ficou sob domínio direito dos alemães. A outra era uma ditadura do marechal Henri Phillipe Pétain, que transferiu a capital para Vichy, onde montou um governo conservador e aliado dos nazistas. Enquanto isso, em Londres, o general Charles de Gaulle lançou o movimento de resistência França Livre. De Gaulle era um oficial de prestígio e havido sido prisioneiro dos alemães na Primeira Guerra Mundial. Em 1940, foi nomeado general brigadeiro e, mais tarde, subsecretário de Estado no Ministério da Guerra. Os grupos de sabotagens e a rede de informações de inteligência militar comandados por de Gaulle foram vitais para a retomada da França pelos aliados. Aclamado herói de guerra, ele retornou à França em junho de 1944. Eleito presidente da República em 1945, não conseguiu maioria na Assembléia Nacional e renunciou em 1946. Do pós-guerra a 1958, o país, ainda devastado pelo conflito, mundial passou por governos instáveis e enfrentou revoltas das colônias na África. Em 1958, no auge da crise da Argélia, os militares pressionaram a Assembléia Nacional a convidar de Gaulle para elaborar uma nova Constituição, mais presidencialista. Nascia assim a 5ª. República Francesa. Eleito novamente presidente, em 1959, de Gaulle iniciou um governo forte, nacionalista e conservador. No entanto, negociou a independência da Argélia e enfrentou a oposição armada dos oficiais de direita do Exército. Além de reerguer a economia, ele desvinculou o comando militar da OTAN, a Organização do Tratado do Atlântico Norte, controlada pelos Estados Unidos. Assim, restabeleceu o poder político da França na Europa. Reelegeu-se presidente em 1965, mas foi superado pelas mudanças políticas. "Um estadista tem que ser determinado e tenaz, tem que ter o apoio de todas as forças de um grande país e manter um sólido sistema de alianças. Mas se não for capaz de entender as tendências de seu tempo, ele fracassará", disse. As revoltas estudantis de maio de 1968 foram o primeiro sinal de que seu estilo de governo conservador não era compatível com o novo panorama político francês, a evolução da democracia, os sindicatos e as greves. Renunciou em 1969, após ser derrotado no plebiscito (consulta popular) sobre uma reforma constitucional que pretendia fazer. Morreu aos 80 anos de idade.

FRANKLIN DELANO


Nascido em Hyde Park, no estado de Nova Iorque, no seio de uma família abastada, Roosevelt foi educado na Europa e nas universidades de Harvard e Columbia, tornando-se jurista. Em 1910 foi eleito para o senado do estado de Nova Iorque. Ocupou o cargo de subsecretário da marinha nas administrações do presidente Wilson nos anos de 1913-21, e trabalhou muito no sentido de aumentar a eficiência da marinha durante a Primeira Grande Guerra. Sofreu de poliomielite a partir de 1921, mas regressou à política, tendo sido eleito para o cargo de governador do estado de Nova Iorque em 1929. Quando foi eleito presidente em 1933, Roosevelt apontou para um novo espírito de esperança através do seu hábil programa de rádio Conversas à Lareira, e do seu discurso de tomada de posse: A única coisa que temos de temer é o próprio medo. Rodeando-se de uma companhia de cérebros de peritos, lançou de imediato o seu programa de reformas. Os bancos reabriram, o crédito federal foi restaurado, o padrão-ouro foi abandonado e o dólar desvalorizado. Durante os primeiros cem dias da sua administração, pôs em prática uma importante legislação de modo a facilitar a retoma industrial e agrícola. Em 1935 introduziu a lei das acções de empresas de utilidade pública, dirigida contra os abusos das companhias de accionistas maioritários e a lei da segurança social, providenciando seguros e pensões de invalidez e de reforma. A eleição presidencial de 1936 foi inteiramente ganha com base nas políticas do chamado novo contrato (new deal). Durante 1935-36 Roosevelt envolveu-se num conflito sobre a formação do Supremo Tribunal, seguindo-se a anulação de grande parte das medidas do novo contrato, consideradas inconstitucionais. Em 1938 introduziu medidas de assistência agrícola e melhoria das condições de trabalho. No que respeita à sua política externa, Roosevelt empenhou-se em utilizar a sua influência para diminuir a agressão no Eixo, e estabelecer relações de boa vizinhança com outros países do continente americano. Pouco depois de rebentar a guerra, lançou um vasto programa de rearmamento, introduziu o recrutamento, e providenciou o fornecimento de armamento aos Aliados. Apesar de uma oposição fortemente isolacionista, quebrou um precedente de longo termo ao concorrer para um terceiro mandato, sendo reeleito em 1940. Anunciou que os EUA se tornariam no arsenal da democracia. Roosevelt estava desejoso que os EUA entrassem na guerra pelo lado dos Aliados. Para além da repulsa que tinha por Hitler, pretendia estabelecer os EUA como uma potência mundial, preenchendo o vazio que resultaria da desagregação do império britânico. Foi limitado pelas forças isolacionistas no Congresso, e alguns argumentaram que ele tinha recebido de bom grado o ataque japonês a Pearl Harbor. A opinião pública era contra o envolvimento na guerra. Alegadamente, Roosevelt e os chefes militares não deram a conhecer, deliberadamente, os relatórios secretos recebidos de vários serviços de informação e que afirmavam estar iminente um ataque dos japoneses à base naval de Pearl Harbor, no Havai. As mortes ocorridas em Pearl Harbor no dia 7 de Dezembro de 1941 chocaram a opinião pública, e os EUA puderam então entrar na guerra. A partir deste ponto, Roosevelt chamou a si o comando da guerra. Participou nas conferências de Washington, em 1942, e de Casablanca em 1943, para planear o assalto ao Mediterrâneo; nas conferências de Quebeque, Cairo e Teerão, em 1943; e de Ialta em 1945, onde se realizaram os preparativos finais para a vitória dos aliados. Foi reeleito num quarto mandato em 1944, mas faleceu em 1945.

WINSTON CHURCIL


Nasceu no Palácio de Blenheim, em Woodstock, no Oxfordshire, em 30 de Novembro de 1874;
morreu em Londres em 24 de Janeiro de 1965.

Era filho de Lord Randolph Churchill e da sua mulher americana Jennie Jerome. Após ter acabado o curso na Academia Militar de Sandhurst e ter servido como oficial subalterno, de 1895 a 1899, no regimento de Hussardos n.º 4, foi correspondente de guerra em Cuba, na Índia e na África do Sul. Durante a guerra dos Boers, de quem foi prisioneiro, protagonizou uma fuga que o tornou mundialmente conhecido, e de que relatou as peripécias no seu livro De Londres a Ladysmith. Churchill entrou para a política como Conservador, tendo sido eleito deputado em 1900, mas em 1904 rompeu com o Partido devido à política social dos Conservadores.
Aderiu ao Partido Liberal e em 1906, tendo sido eleito deputado, foi convidado para o Governo, ocupando primeiro o cargo de Sub-Secretário de Estado para as Colónias, mais tarde, em 1908, a pasta de Presidente da Junta de Comércio (Board of Trade).Após as eleições de 1910 foi transferido para o Ministério do Interior, e finalmente foi nomeado, em Outubro de 1911, Primeiro Lorde do Almirantado, onde impôs uma política de reforço e modernização da Marinha de Guerra britânica.
Pediu a demissão em plena Primeira Guerra Mundial, devido ao falhanço da expedição britânica aos Dardanelos, na Turquia, de que tinha sido o principal promotor. Alistou-se no exército, e comandou um batalhão do regimento «Royal Scots Fusiliers» na frente ocidental. Regressou ao Parlamento em 1916, regressando a funções governamentais no último ano de guerra, como ministro das munições.
Após o fim da Primeira Guerra Mundial, Churchill foi-se tornando cada vez mais conservador, continuando a participar activamente na política, como Ministro da Guerra (1919-1921) e Ministro das Colónias (1921-1922) em governos liberais. Em 1924 regressou ao Partido Conservador, sendo nomeado Ministro das Finanças (1924-1929) no governo conservador de Stanley Baldwin. Não participou em nenhum governo, de 1929 a 1939, mas continuou a ser eleito para o Parlamento, onde advertiu incessantemente do perigo que Hitler representava para a Paz.
Em 1939 foi nomeado novamente Primeiro Lorde do Almirantado, e em 1940, no dia em que a Alemanha começou a ofensiva a Ocidente, invadindo a Holanda, a Bélgica, o Luxemburgo e a França, foi nomeado Primeiro Ministro. Fez com que o seu país resistisse às derrotas dessa Primavera de 1940, e ao desaparecimento de todos os seus aliados ocidentais, da Noruega à França, e dirigiu-o durante a Batalha de Inglaterra. Finalmente, aliado à União Soviética, desde o primeiro momento da invasão alemã, em Junho de 1941, e com o apoio e depois a participação activa dos Estados Unidos na guerra, acabou por vencer Hitler.
Mesmo antes do fim da guerra, sofreu uma derrota espectacular nas eleições de 1945, sendo o seu governo substituído pelos trabalhistas de Atlee. Voltou ao poder em 1951, sendo primeiro-ministro até 1955, ano em que pediu a demissão, devido a problemas de saúde.

José Estaline


Pode dizer-se que se tinha iniciado a sua lenta ascensão até ao cume do poder. Durante a revolução de 1917, Estaline não teve qualquer papel protagonista. Na polémica entre Lenine, partidário da acção revolucionária insurreccionista, e Zinoviev e Kamenev, opositores do insurreccionismo, Estaline decidiu-se por Lenine e chegou a fazer parte de um centro bolchevique de acção, que se juntou ao Comité Revolucionário presidido por Trotsky, criador do Exército Vermelho. A vitória bolchevique que valeu a Estaline ser nomeado comissário de nacionalidades, posto em que esteve cinco anos. A conduta de Estaline revela-se confusa durante a guerra civil que se seguiu à revolução bolchevique, se bem que o próprio Trotsky reconheça ter sido um soldado valente. Mas em Abril de 1922 dá um passo decisivo na sua carreira, já que no XI Congresso, o último presidido por Lenine, Estaline foi nomeado secretário-geral do partido. Não foi Estaline, mas Lenine, quem, contrariando os princípios da democracia socialista, fez bolchevique um partido único de sinal totalitário, sem qualquer liberdade de expressão e sem pluralismo partidário da classe trabalhadora. Este foi o aparelho herdado e não criado por Estaline no momento de entrar na luta para a sucessão de Lenine, quando este morreu em Janeiro de 1924. Apesar de ser essencialmente um político, Estaline escreveu o suficiente para encher 13 volumes com os seus discursos, informações, cartas, etc. Mesmo de forma teórica, abordou o leninismo, que definiu como a união do ímpeto russo com o activismo americano. Estaline defendeu a sua candidatura à sucessão de Lenine, apesar de ter sido deserdado pelo próprio Lenine. A confiança inicial que o levara a nomeá-lo secretário-geral do partido em 1922 tinha desaparecido. Por isso aconselhou no seu testamento que Estaline fosse substituído no secretariado geral porque, segundo as suas palavras, era um homem rude e com tendência a abusar do poder. Conhecia-o bem. Apesar de tudo, a estratégia para suceder a Lenine foi uma peça mestra e conspiração política. Com Lenine ainda vivo, em 1923, Estaline formou com Zinoviev e Kamenev, outros dois candidatos, um tiunvirato para destituir o herdeiro in pectore, Leon Trotsky. Pouco depois de morrer Lenine, Estaline minimizou o internacionalismo daquele a favor do socialismo de um país, e em 1Na XIV. Conferência do Partido apareceu Estaline ao lado da direita do partido, Bujarin, Rikov e Tomsky, ao mesmo tempo que os seus antigos triúnviros, Zinoviev e Kamenev, se juntaram a Trotsky. Em 1928-1929 vem o terceiro acto: Zinoviev, Kamenev, Trotsky e os seus partidários são expulsos do partido. E o acto final: Bujarin, Rikov e Tomsky têm a mesma sorte. Desembaraçado assim de todos os estorvos, expulsa Trotsky da Rússia em 1929 e fica só no topo do poder. Já ninguém lhe faz sombra. Nesse mesmo ano empreendeu uma gigantesca empresa, contra todos os pareceres: a industrialização da Rússia. Propunha-se corrigir numa década os cinquenta ou mais anos de atraso que levava em relação aos países industrializados. Claro, os sacrifícios e esforços foram imensos. Só em 1930, vinte e cinco milhões de camponeses foram transferidos das suas terras para os centros industriais. Em poucos anos passou-se do arado de madeira às granjas altamente mecanizadas. Os camponeses opuseram uma forte resistência, mas foram vencidos. Milhões deles terminaram nos campos de trabalho. Simultaneamente, Estaline levou a cabo a eliminação fisíca de todos os possíveis adversários e aspirantes à sua sucessão. Foi o capítulo sinistro das grandes purgas, em que os melhores cérebros e as melhores carreiras desapareceram com a justiça célebre do fiscal Vichinsky. Toda uma grande primeira geração revolucionária foi levada ao cadafalso, após confessar as maiores iniquidades inventadas por Estaline.925 afastou Trotsky da sucessão.