quinta-feira, 27 de maio de 2010
União Europeia: Entrada de Portugal
Hino
terça-feira, 25 de maio de 2010
Lenda das Esporas Douradas
Portugal na UE e Bandeira da UE
A bandeira da Europa além de simbolizar a União Europeia representa também a unidade e a identidade da Europa.
O círculo de estrelas douradas representa a solidariedade e a harmonia entre os povos da Europa.
As estrelas são doze porque tradicionalmente este número constitui um símbolo de perfeição, plenitude e unidade.
Assim, a bandeira manter-se-á inalterada, independentemente dos futuros alargamentos da UE.
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Países da UE
União Europeia- História
terça-feira, 27 de abril de 2010
Entrevista 25 de Abril
– Qual era a base da alimentação?
Batata, pão, arroz, carne de porco.
-Onde eram feitas as compras?
No pequeno comércio local (mercearias e talhos).
-Preços?
kg arroz-1$00.
kg batatas- $50.
kg carne de porco - 3$50.
Moda
– Onde se comprava a roupa?
Nas feiras, no entanto a maior parte era encomendada e feita nos alfaiates e modistas.
- Quanto durava um casaco? E um par de sapatos?
6 a 10 anos. 6 anos sapato fino e 1 ano ou 2 o sapato ou bota de todos os dias.
- Quem ditava a moda?
Os visionários e os ricos.
Namoros
– Como se namorava?
À janela e ao fim-de-semana.
- Diferenças entre a vida dos rapazes e raparigas?
Os rapazes faziam a vida de campo, as raparigas as lides domésticas.
- Quais eram os divertimentos?
Jogo da bola para os rapazes, o do ringue ou mata e macaca para as raparigas.
Saúde
– Onde se ia quando se ficava doente?
Ao médico e tomavam-se medicamentos caseiros - caldo de galinha que nunca fez mal a ninguém e chás de diversos tipos com diversas finalidades.
- Vacinas?
Tétano e tuberculose.
- Mais ou menos doenças?
Mais doenças.
Escola
– Como era a escola?
rapazes para um lado raparigas para outro- a partir de 1967 já era obrigatória.
- Como eram os professores? Como castigavam?
Regra geral carrancudos e mal-humorados. Batiam com régua e vara muitas vezes sem razão aparente.
- O que era preciso para passar de ano?
Ter boa nota e ficar bem no exame.
- Quem seguia os estudos?
Quem podia e quem trabalhava, e os que tinham muita vontade de aprender.
- Eram da Mocidade portuguesa? Como era?
A maior parte nem sabia o que era a mocidade portuguesa.
A mocidade e um conjunto de moços e moças só nos tempos próximos do 25 de Abril de 1974 se começou a falar na Mocidade Portuguesa como organização política, a semelhança da PIDE.
Tempos livres
– Tinham férias? Onde iam de férias?
As férias são uma modernice.
- Tinham fins-de-semana?
Sim principalmente o domingo era sagrado.
-O que costumavam fazer?
Ir à missa no domingo e à catequese no sábado.
Transportes
– Como iam para o emprego?
A pé ou de autocarro sendo que os mesmos eram como hoje são no Afeganistão, Índia ou países do 3º mundo.
-Como eram os transportes?
Lentos e caducos.
Emprego
– Tinham subsídios?
Nada, só ganhava quem trabalhava
-Tinham assistência?
Nada, não havia assistência no trabalho nem na saúde.
-Com que idade começaram a trabalhar?
Os mais "fortinhos" a partir dos 10 anos.
-Alguém emigrou? Para onde e porquê?
Muitos, França e Alemanha principalmente à procura de melhores condições de vida
Guerra
– Alguém foi à Guerra?
À guerra alguns (muitos) mas, para o serviço militar obrigatório quase todos os homens a partir dos 18 anos
Comunicação social
– Como sabiam o que se passava no país e no mundo?
Não sabiam. As poucas informações apareciam pela rádio que funcionava mal e durante poucas horas diárias.
- Notavam que havia censura?
Sim havia os bufos da PIDE que calavam quase todos.
25 de Abril de 1974
-Como foi viver o 25 de Abril de 1974
Uma calamidade que se transformou na catástrofe que hoje vivemos, principalmente com a descolonização mal feita e a mas horas.
-Como sentiram o dia 25 de Abril?
Com alguma euforia e desconhecimento quase total do que aconteceu, ainda hoje é muito controverso.
-O que mudou?
Quase tudo e nada, quase tudo para o mal- falta de valores, falta de palavra, falta de atitude
apenas a liberdade se transformou na libertinagem que hoje vivemos, bastando atentar nos jornais diários - roubos, mortes, crimes familiares, ...
Manuel António Reboredo Simões
Alfândega da Fé
segunda-feira, 26 de abril de 2010
segunda-feira, 22 de março de 2010
HIROHITO: JAPÃO
Imperador da milenar monarquia japonesa nascido no palácio Aoyama, em Tóquio, responsável pela readaptação do Japão aos novos tempos depois da derrota militar na segunda guerra mundial. Recebeu educação adequada a sua realeza e desde muito jovem mostrou grande interesse pela biologia marinha. Ao regressar de viagem à Europa (1921), foi nomeado príncipe regente quando seu pai, o imperador Taisho, abdicou. Foi coroado imperador (1926) subiu ao trono imperial com poderes nominalmente absolutos, mas na prática, sob o autoritarismo dos militares. Foi assim que declarou guerra aos Estados Unidos após o covarde ataque a Pearl Harbor (1941). Quatro anos depois capitulava, após a explosão das bombas atômicas lançadas sobre as cidades de Hiroxima e Nagasaki, em 6 e 9 de agosto (1945). Derrotado aceitou sem resistência o regime de monarquia constitucional imposto pelos vencedores, apesar da opinião contrária de alguns nacionalistas. A partir de então, partiu para a ruptura com algumas tradições demasiadamente rígidas, e dar exemplos a seus súditos, visando o caminho da recuperação e modernização que levou o país a se tornar uma das grandes potências econômicas mundial. Morreu em Tóquio, e foi sucedido pelo filho Akihito.
FICHA DE OBSERVAÇÃO DO FILME: A VIDA É BELA
1. TÍTULO: "A Vida é Bela" (La Vita e Bella)
2. REALIZADOR: Roberto Benigni
3. GÉNERO: Comédia Dramática
4. ACTORES PRINCIPAIS: Roberto Benigni, Nicoletta Braschi, Giorgio Cantarini, Giustino Durano, Sergio Bini Bustric, Marisa Paredes, Horst Buchholz, Amerigo Fontani, Pietro De Silva e Francesco Guzzo.
O FILME:
5. PERSONAGENS PRINCIPAIS DO FILME: Guido Orefice, Dora, Giosué Orefice, Tio de Guido, Ferruccio Papini, Mãe de Dora, Dr. Lessing, Rodolfo, Bartolomeo, Vittorino.
6. TEMPO DA ACÇÃO: Durante a 2ª Guerra Mundial
7. ESPAÇO DA ACÇÃO: Em Itália no ano de 1939
8. TEMÁTICA: 2ª Guerra Mundial
9. RESUMO DO FILME: Na Itália de 1939, Guido Orefice (Roberto Benigni) muda-se para a cidade de Arezzo para aí abrir uma livraria. Fica maravilhado pelo primeira mulher com que se cruza, uma professora chamada Dora (Nicoletta Braschi), com a qual se vai encontrando das formas mais invulgares, primeiro casualmente, depois propositadamente. O regime fascista vai interromper a harmonia que entretanto se instala na vida de Guido, judeu, que é levado com o filho para um campo de concentração. Determinado a poupar o pequeno Giosué (Giorgio Cantarini) ao horror da situação, elabora uma complicada justificação, que vai adaptando à medida das necessidades, e que consiste sumariamente em convencê-lo que se trata tudo de uma brincadeira, e que os soldados Alemães estão apenas a fazer o papel de pessoas que gritam muito e são muito maus.
10. A MINHA OPINIÃO SOBRE O FILME: Eu penso que o filme " A Vida é Bela", retrata de uma forma simples, e por vezes cómica, o modo como o fascismo imperava na europa na altura da 2ª Guerra Mundial, e que levaram a que os judeu fossem presseguidos e maltratados quer nos campos de concentração quer na sociedade em geral.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
António Salazar
António de Oliveira Salazar, nascido a 28 de Abril de 1889, em Santa Comba Dão e falecido a 27 de Julho de 1970, descendente de uma família proprietária de pequenos campos agricolas, teve uma educação fortemente marcada pelo Catolicismo, que desta forma até chegou a frequentar um seminário, e mais tarde estudante da Universidade de Coimbra, onde anos mais tarde veio a ser professor de Economia Política.
A sua iniciação à carreira política foi como deputado católico em 1921.
Já em ditadura militar, Salazar foi nomeado Ministro das Finanças (cargo que apenas exerceu durante 4 dias) demitindo-se assim devido a que não lhe foram dados todos os direitos que exigia… mas quando Óscar Carmona chegou a Presidente da República, Salazar regressou às Finanças, agora com todas as condições exigidas.
O sucesso obtido na pasta das Finanças tornou-o, em 1932, chefe de Governo. Em 1933, com a aprovação da nova Constituição, formou-se o Estado novo.
As graves perturbações verificadas nos anos 20 e 30 nos países da Europa Ocidental levaram Salazar a adoptar severas medidas severas contra os que tinham coragem para discordar da orientação do Estado novo.
Ao nível de relações internacionais, conseguiu assegurar a neutralidade de Portugal na Guerra Civil de Espanha e na II Guerra Mundial.
Salazar é afastado do governo em 1968 por motivo de doença, sendo substituído por Marcelo Caetano. Após isto, acabou por falecer em Lisboa, a 27 de Julho de 1970.
Francisco Franco
Oficial de infantaria, Francisco Franco começou a ganhar fama em campanhas na África, onde se destacou pela frieza em combate. Em 1923, no Marrocos, com o posto de tenente-coronel, assumiu o comando da Legião Espanhola. E, aos 34 anos, foi promovido a general de brigada. Entre 1928 e 1931, dirigiu a Academia Militar de Saragoça. Com a criação da República Espanhola, em 1931, foi afastado de cargos de responsabilidade. Mas, em 1933, a eleição de um governo de direita o recolocou em altos cargos do exército. Foi o mentor da brutal repressão à Revolução das Astúrias (1934) com tropas da Legião e, no ano seguinte, foi nomeado chefe do Estado-Maior Central. Em 1936, o governo da Frente Popular o enviou para as Ilhas Canárias. Nas eleições desse ano na Espanha, os partidos de esquerda que formavam a Frente Popular saíram vitoriosos. Opositores de direita, com articulação e liderança de Franco, executaram um golpe de Estado, com apoio de diversas regiões do país. A maioria das grandes cidades e regiões industriais, por sua vez, permaneceu fiel ao governo republicano de esquerda. Com o país dividido, iniciou-se a Guerra Civil Espanhola. Os golpistas passaram a receber ajuda da Itália fascista e da Alemanha nazista que, assim, transformaram a Espanha num local de teste para seus novos armamentos. O início da participação nazista na Guerra Civil Espanhola ocorreu em Guernica, capital da província basca, uma pequena cidade considerada símbolo da liberdade desse povo. Numa segunda-feira, 26 de abril de 1937, a cidade foi bombardeada pelos aviões alemães da Legião Condor, colocada à disposição das forças de Franco. O ataque nazista provocou a destruição total de Guernica. Naquele mesmo mês, Franco uniu os partidos de direita e, em janeiro de 1938, se tornou chefe de Estado e do governo. O ditador eliminou toda a resistência militar a seu governo em 1939, porém, prosseguiu com a repressão, a tortura e os fuzilamentos. O franquismo foi um sistema político repressivo e autoritário. Até livros foram queimados. Todos os partidos políticos e reuniões (de palestras a passeatas) eram proibidos. Franco manteve-se neutro na Segunda Guerra Mundial, embora próximo dos governos nazifascistas da Alemanha e da Itália. Apesar de isolado pela vitória dos Aliados, consolidou seu poder no país. Devido à Guerra Fria, estabeleceu relações diplomáticas com os Estados Unidos e seu governo foi reconhecido pelas Nações Unidas em 1955. Em 1966, Franco criou a Lei Orgânica do Estado (Constituição), na qual previa a volta da Monarquia. Após a morte do ditador, em 1975, o príncipe Juan Carlos subiu ao trono e a Espanha foi reconduzida à democracia.
Adolfo Hitler
Adolf Hitler, ditador alemão, nasceu em 1889 na Áustria. Filho de Alois Hitler e Klara Poezl, alistou-se voluntariamente no exército bávaro no começo da Primeira Guerra Mundial. Tornou-se cabo e ganhou duas vezes a Cruz de Ferro por bravura. Depois da desmobilização do exército, Hitler associou-se a um pequeno grupo nacionalista, o Partido dos Trabalhadores Alemães, que mais tarde se tornou o Partido Nacional-Socialista Alemão (nazista). Em 1921, tornou-se líder dos nazistas e, dois anos mais tarde, organizou uma malograda insurreição, o "putsch" de Munique. Durante os meses que passou na prisão com Rudolph Hess, Hitler ditou o "Mein Kampf" (Minha Luta), um manifesto político no qual detalhou a necessidade alemã de se rearmar, empenhar-se na auto-suficiência econômica, suprimir o sindicalismo e o comunismo, e exterminar a minoria judaica. Em 1929, ganhou um grande fluxo de adeptos, de forma que, ajudado pela violência contra inimigos políticos, seu partido floresceu. Após o fracasso de sucessivos chanceleres, o presidente Hindenburg indicou Hitler como chefe do governo (1933). Hitler criou uma ditadura unipartidária e no ano seguinte eliminou seus rivais na "noite das facas longas". Com a morte de Hindenburg, ele assumiu o título de presidente do Reich Alemão. Começou então o rearmamento, ferindo o Tratado de Versalhes, reocupou a Renânia em 1936 e deu os primeiros passos para sua pretendida expansão do Terceiro Reich: a anexação com a Áustria em 1938 e a tomada da antiga Tchecoslováquia. O ditador firmou o pacto de não-agressão nazi-soviético com Stalin, a fim de invadir a Polônia, mas quebrou-o ao atacar a Rússia em
Benito Mussolini
Mussolini nasceu em 1883 e começou por se assumir como militante socialista para, depois da Primeira Grande Guerra, se converter a teses de extrema-direita e criar o Partido Fascista Italiano (1921), portador de uma ideologia autoritária e anti-parlamentar. O seu discurso, em que predominava o elogio da violência como forma de actuação decisiva e privilegiada na política, teve tradução concreta na actividade da sua milícia própria (os Fasci Italiani di Combattimento, que dão aliás origem ao nome do partido - fasci significa feixe, tendo o feixe sido um símbolo do poder dos cônsules romanos). É efectivamente no seguimento de uma política agressiva e à margem dos princípios e métodos parlamentares que alcança o poder, depois de uma Marcha sobre Roma (1922) que leva o rei a encarregá-lo de formar governo. Dirige o país durante algum tempo em difícil convivência com o Parlamento, mas assume plenos poderes logo em 1922 e proclama a ditadura três anos mais tarde. O regime que a partir desse momento implanta e fortalece é uma ditadura de partido único, apoiada em fortes milícias próprias, onde o poder parlamentar é substituído por um Conselho Fascista com atribuições meramente consultivas, os sindicatos são dominados por um regime corporativo e os partidos políticos são proibidos. A sua popularidade, granjeada por meio de um discurso populista e demagógico e a imposição da ordem nas ruas, dá-lhe uma certa estabilidade, apesar das dificuldades económicas e sociais que o país experimenta. Na política externa, após uma campanha de conquista contra a Abissínia, pela qual tenta reconstituir um império africano, alinha com a Alemanha hitleriana e o Japão imperial, apesar de saber que a Itália não se encontra em condições de suportar novo conflito; vê-se arrastado, como parceiro menor, para a Guerra Mundial (a segunda do século XX) que estala em 1939 e que irá pôr a ferro e fogo a Europa, a África e a Ásia, terminando com a derrota. Quando esta se aproxima, em plena contra-ofensiva aliada, os militares lançam um golpe de estado que depõe Mussolini, que é encarcerado e algum tempo depois libertado por pára-quedistas alemães. Enquanto os militares colocam a Itália ao lado dos Aliados e os alemães ocupam larga extensão da península italiana, Mussolini tenta manter no norte da Itália uma República Social (a República de Saló, do nome do local onde se instalou), que se aguenta algum tempo artificialmente, de acordo com as exigências da política de guerra da Alemanha. Mussolini não tem aí qualquer pode efectivo, acabando por se ver forçado a tentar a fuga, em condições desesperadas, perante o avanço dos Aliados e dos movimentos de resistência. Serão precisamente resistentes italianos que, em Maio de 1945, pouco antes do suicídio do seu aliado Adolf Hitler, o irão capturar e fuzilar sumariamente, vindo o seu cadáver a ser exposto publicamente e a ser alvo da ira popular.
CHARLES DE GAULLE
Após uma curta batalha, os alemães venceram o exército francês e seus aliados, em 1940, no início da Segunda Guerra Mundial. O país foi dividido. Uma parte ficou sob domínio direito dos alemães. A outra era uma ditadura do marechal Henri Phillipe Pétain, que transferiu a capital para Vichy, onde montou um governo conservador e aliado dos nazistas. Enquanto isso, em Londres, o general Charles de Gaulle lançou o movimento de resistência França Livre. De Gaulle era um oficial de prestígio e havido sido prisioneiro dos alemães na Primeira Guerra Mundial. Em 1940, foi nomeado general brigadeiro e, mais tarde, subsecretário de Estado no Ministério da Guerra. Os grupos de sabotagens e a rede de informações de inteligência militar comandados por de Gaulle foram vitais para a retomada da França pelos aliados. Aclamado herói de guerra, ele retornou à França em junho de 1944. Eleito presidente da República em 1945, não conseguiu maioria na Assembléia Nacional e renunciou em 1946. Do pós-guerra a 1958, o país, ainda devastado pelo conflito, mundial passou por governos instáveis e enfrentou revoltas das colônias na África. Em 1958, no auge da crise da Argélia, os militares pressionaram a Assembléia Nacional a convidar de Gaulle para elaborar uma nova Constituição, mais presidencialista. Nascia assim a 5ª. República Francesa. Eleito novamente presidente, em 1959, de Gaulle iniciou um governo forte, nacionalista e conservador. No entanto, negociou a independência da Argélia e enfrentou a oposição armada dos oficiais de direita do Exército. Além de reerguer a economia, ele desvinculou o comando militar da OTAN, a Organização do Tratado do Atlântico Norte, controlada pelos Estados Unidos. Assim, restabeleceu o poder político da França na Europa. Reelegeu-se presidente em 1965, mas foi superado pelas mudanças políticas. "Um estadista tem que ser determinado e tenaz, tem que ter o apoio de todas as forças de um grande país e manter um sólido sistema de alianças. Mas se não for capaz de entender as tendências de seu tempo, ele fracassará", disse. As revoltas estudantis de maio de 1968 foram o primeiro sinal de que seu estilo de governo conservador não era compatível com o novo panorama político francês, a evolução da democracia, os sindicatos e as greves. Renunciou em 1969, após ser derrotado no plebiscito (consulta popular) sobre uma reforma constitucional que pretendia fazer. Morreu aos 80 anos de idade.
FRANKLIN DELANO
Nascido
WINSTON CHURCIL
Nasceu no Palácio de Blenheim, em Woodstock, no Oxfordshire, em 30 de Novembro de 1874;
morreu em Londres em 24 de Janeiro de 1965.
Era filho de Lord Randolph Churchill e da sua mulher americana Jennie Jerome. Após ter acabado o curso na Academia Militar de Sandhurst e ter servido como oficial subalterno, de 1895 a 1899, no regimento de Hussardos n.º 4, foi correspondente de guerra em Cuba, na Índia e na África do Sul. Durante a guerra dos Boers, de quem foi prisioneiro, protagonizou uma fuga que o tornou mundialmente conhecido, e de que relatou as peripécias no seu livro De Londres a Ladysmith. Churchill entrou para a política como Conservador, tendo sido eleito deputado em 1900, mas em 1904 rompeu com o Partido devido à política social dos Conservadores.
Aderiu ao Partido Liberal e em 1906, tendo sido eleito deputado, foi convidado para o Governo, ocupando primeiro o cargo de Sub-Secretário de Estado para as Colónias, mais tarde, em 1908, a pasta de Presidente da Junta de Comércio (Board of Trade).Após as eleições de 1910 foi transferido para o Ministério do Interior, e finalmente foi nomeado, em Outubro de 1911, Primeiro Lorde do Almirantado, onde impôs uma política de reforço e modernização da Marinha de Guerra britânica.
Pediu a demissão em plena Primeira Guerra Mundial, devido ao falhanço da expedição britânica aos Dardanelos, na Turquia, de que tinha sido o principal promotor. Alistou-se no exército, e comandou um batalhão do regimento «Royal Scots Fusiliers» na frente ocidental. Regressou ao Parlamento em 1916, regressando a funções governamentais no último ano de guerra, como ministro das munições.
Após o fim da Primeira Guerra Mundial, Churchill foi-se tornando cada vez mais conservador, continuando a participar activamente na política, como Ministro da Guerra (1919-1921) e Ministro das Colónias (1921-1922) em governos liberais. Em 1924 regressou ao Partido Conservador, sendo nomeado Ministro das Finanças (1924-1929) no governo conservador de Stanley Baldwin. Não participou em nenhum governo, de 1929 a 1939, mas continuou a ser eleito para o Parlamento, onde advertiu incessantemente do perigo que Hitler representava para a Paz.
Em 1939 foi nomeado novamente Primeiro Lorde do Almirantado, e em 1940, no dia em que a Alemanha começou a ofensiva a Ocidente, invadindo a Holanda, a Bélgica, o Luxemburgo e a França, foi nomeado Primeiro Ministro. Fez com que o seu país resistisse às derrotas dessa Primavera de 1940, e ao desaparecimento de todos os seus aliados ocidentais, da Noruega à França, e dirigiu-o durante a Batalha de Inglaterra. Finalmente, aliado à União Soviética, desde o primeiro momento da invasão alemã, em Junho de 1941, e com o apoio e depois a participação activa dos Estados Unidos na guerra, acabou por vencer Hitler.
Mesmo antes do fim da guerra, sofreu uma derrota espectacular nas eleições de 1945, sendo o seu governo substituído pelos trabalhistas de Atlee. Voltou ao poder em 1951, sendo primeiro-ministro até 1955, ano em que pediu a demissão, devido a problemas de saúde.
José Estaline
Pode dizer-se que se tinha iniciado a sua lenta ascensão até ao cume do poder. Durante a revolução de 1917, Estaline não teve qualquer papel protagonista. Na polémica entre Lenine, partidário da acção revolucionária insurreccionista, e Zinoviev e Kamenev, opositores do insurreccionismo, Estaline decidiu-se por Lenine e chegou a fazer parte de um centro bolchevique de acção, que se juntou ao Comité Revolucionário presidido por Trotsky, criador do Exército Vermelho. A vitória bolchevique que valeu a Estaline ser nomeado comissário de nacionalidades, posto em que esteve cinco anos. A conduta de Estaline revela-se confusa durante a guerra civil que se seguiu à revolução bolchevique, se bem que o próprio Trotsky reconheça ter sido um soldado valente. Mas em Abril de 1922 dá um passo decisivo na sua carreira, já que no XI Congresso, o último presidido por Lenine, Estaline foi nomeado secretário-geral do partido. Não foi Estaline, mas Lenine, quem, contrariando os princípios da democracia socialista, fez bolchevique um partido único de sinal totalitário, sem qualquer liberdade de expressão e sem pluralismo partidário da classe trabalhadora. Este foi o aparelho herdado e não criado por Estaline no momento de entrar na luta para a sucessão de Lenine, quando este morreu em Janeiro de 1924. Apesar de ser essencialmente um político, Estaline escreveu o suficiente para encher 13 volumes com os seus discursos, informações, cartas, etc. Mesmo de forma teórica, abordou o leninismo, que definiu como a união do ímpeto russo com o activismo americano. Estaline defendeu a sua candidatura à sucessão de Lenine, apesar de ter sido deserdado pelo próprio Lenine. A confiança inicial que o levara a nomeá-lo secretário-geral do partido em 1922 tinha desaparecido. Por isso aconselhou no seu testamento que Estaline fosse substituído no secretariado geral porque, segundo as suas palavras, era um homem rude e com tendência a abusar do poder. Conhecia-o bem. Apesar de tudo, a estratégia para suceder a Lenine foi uma peça mestra e conspiração política. Com Lenine ainda vivo, em 1923, Estaline formou com Zinoviev e Kamenev, outros dois candidatos, um tiunvirato para destituir o herdeiro in pectore, Leon Trotsky. Pouco depois de morrer Lenine, Estaline minimizou o internacionalismo daquele a favor do socialismo de um país, e em 1Na XIV. Conferência do Partido apareceu Estaline ao lado da direita do partido, Bujarin, Rikov e Tomsky, ao mesmo tempo que os seus antigos triúnviros, Zinoviev e Kamenev, se juntaram a Trotsky. Em 1928-1929 vem o terceiro acto: Zinoviev, Kamenev, Trotsky e os seus partidários são expulsos do partido. E o acto final: Bujarin, Rikov e Tomsky têm a mesma sorte. Desembaraçado assim de todos os estorvos, expulsa Trotsky da Rússia em 1929 e fica só no topo do poder. Já ninguém lhe faz sombra. Nesse mesmo ano empreendeu uma gigantesca empresa, contra todos os pareceres: a industrialização da Rússia. Propunha-se corrigir numa década os cinquenta ou mais anos de atraso que levava em relação aos países industrializados. Claro, os sacrifícios e esforços foram imensos. Só em 1930, vinte e cinco milhões de camponeses foram transferidos das suas terras para os centros industriais. Em poucos anos passou-se do arado de madeira às granjas altamente mecanizadas. Os camponeses opuseram uma forte resistência, mas foram vencidos. Milhões deles terminaram nos campos de trabalho. Simultaneamente, Estaline levou a cabo a eliminação fisíca de todos os possíveis adversários e aspirantes à sua sucessão. Foi o capítulo sinistro das grandes purgas, em que os melhores cérebros e as melhores carreiras desapareceram com a justiça célebre do fiscal Vichinsky. Toda uma grande primeira geração revolucionária foi levada ao cadafalso, após confessar as maiores iniquidades inventadas por Estaline.925 afastou Trotsky da sucessão.