Nascido em Hyde Park, no estado de Nova Iorque, no seio de uma família abastada, Roosevelt foi educado na Europa e nas universidades de Harvard e Columbia, tornando-se jurista. Em 1910 foi eleito para o senado do estado de Nova Iorque. Ocupou o cargo de subsecretário da marinha nas administrações do presidente Wilson nos anos de 1913-21, e trabalhou muito no sentido de aumentar a eficiência da marinha durante a Primeira Grande Guerra. Sofreu de poliomielite a partir de 1921, mas regressou à política, tendo sido eleito para o cargo de governador do estado de Nova Iorque em 1929. Quando foi eleito presidente em 1933, Roosevelt apontou para um novo espírito de esperança através do seu hábil programa de rádio Conversas à Lareira, e do seu discurso de tomada de posse: A única coisa que temos de temer é o próprio medo. Rodeando-se de uma companhia de cérebros de peritos, lançou de imediato o seu programa de reformas. Os bancos reabriram, o crédito federal foi restaurado, o padrão-ouro foi abandonado e o dólar desvalorizado. Durante os primeiros cem dias da sua administração, pôs em prática uma importante legislação de modo a facilitar a retoma industrial e agrícola. Em 1935 introduziu a lei das acções de empresas de utilidade pública, dirigida contra os abusos das companhias de accionistas maioritários e a lei da segurança social, providenciando seguros e pensões de invalidez e de reforma. A eleição presidencial de 1936 foi inteiramente ganha com base nas políticas do chamado novo contrato (new deal). Durante 1935-36 Roosevelt envolveu-se num conflito sobre a formação do Supremo Tribunal, seguindo-se a anulação de grande parte das medidas do novo contrato, consideradas inconstitucionais. Em 1938 introduziu medidas de assistência agrícola e melhoria das condições de trabalho. No que respeita à sua política externa, Roosevelt empenhou-se em utilizar a sua influência para diminuir a agressão no Eixo, e estabelecer relações de boa vizinhança com outros países do continente americano. Pouco depois de rebentar a guerra, lançou um vasto programa de rearmamento, introduziu o recrutamento, e providenciou o fornecimento de armamento aos Aliados. Apesar de uma oposição fortemente isolacionista, quebrou um precedente de longo termo ao concorrer para um terceiro mandato, sendo reeleito em 1940. Anunciou que os EUA se tornariam no arsenal da democracia. Roosevelt estava desejoso que os EUA entrassem na guerra pelo lado dos Aliados. Para além da repulsa que tinha por Hitler, pretendia estabelecer os EUA como uma potência mundial, preenchendo o vazio que resultaria da desagregação do império britânico. Foi limitado pelas forças isolacionistas no Congresso, e alguns argumentaram que ele tinha recebido de bom grado o ataque japonês a Pearl Harbor. A opinião pública era contra o envolvimento na guerra. Alegadamente, Roosevelt e os chefes militares não deram a conhecer, deliberadamente, os relatórios secretos recebidos de vários serviços de informação e que afirmavam estar iminente um ataque dos japoneses à base naval de Pearl Harbor, no Havai. As mortes ocorridas em Pearl Harbor no dia 7 de Dezembro de 1941 chocaram a opinião pública, e os EUA puderam então entrar na guerra. A partir deste ponto, Roosevelt chamou a si o comando da guerra. Participou nas conferências de Washington, em 1942, e de Casablanca em 1943, para planear o assalto ao Mediterrâneo; nas conferências de Quebeque, Cairo e Teerão, em 1943; e de Ialta em 1945, onde se realizaram os preparativos finais para a vitória dos aliados. Foi reeleito num quarto mandato em 1944, mas faleceu em 1945.
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